100 Startups to Watch: conheça as startups mais promissoras do Brasil em 2023 

A lista mais aguardada do ecossistema empreendedor brasileiro, a 100 Startups to Watch, realizada por Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios em parceria com a EloGroup e a Innovc, fecha sua sexta edição destacando o que o Brasil tem de mais promissor no campo da inovação.  

Em um cenário marcado por incertezas econômicas, neste ano sobressaíram empresas que encontraram um caminho de crescimento, com aumento de receita, de base de usuários ou captação significativa de investimentos.  

O objetivo do 100 STW é justamente dar visibilidade a essas startups, num esforço para estimular o ecossistema, formar novas conexões, e contribuir para a sustentabilidade de longo prazo dessa malha empreendedora que tanto contribui com a sociedade, gerando empregos, serviços com impactos positivos para a população, e crescimento.   

Mas, primeiro, vale relembrar o que classificamos como uma startup, termo geralmente associado a empresas de base tecnológica em seus estágios iniciais de desenvolvimento. Podemos aprofundar em algumas especificidades, que as tornam diferentes de outros tipos de pequenas empresas, pois as lógicas, metodologias e ferramentas aplicadas para pequenas empresas não funcionam para startups e vice-versa: 

Uma startup, principalmente em seus estágios iniciais, está constantemente iterando seu modelo de negócio (seja cliente, proposta de valor, canal ou recursos), em ciclos de aprendizado. Isso requer flexibilidade e rapidez para lidar com o ambiente de incerteza. Ela busca inovar – seja no modelo de negócios ou na tecnologia. Precisa ser escalável, atingindo um grande número de clientes rapidamente. Isso vem da ambição de crescimento das startups, que buscam explorar mercados de grande potencial.  

Neste ano, foram mais de 2 mil startups cadastradas no 100 STW. Uma equipe de especialistas da EloGroup, chegando a contar com até 40 profissionais, debruçou-se então sobre esse material para fazer a análise minuciosa das empresas, além de coordenar junto ao Comitê do STW a avaliação final. 

Ao longo do processo de seleção, a metodologia conta com 10 etapas: 

1. Construção do questionário e critérios; 
2. Lançamento do formulário; 
3. Divulgação massiva; 
4. Indicação dos embaixadores; 
5. Busca ativa de startups; 
6. Avaliação multicritério; 
7. Definição da lista das 200 startups; 
8. Avaliação dos jurados; 
9. Reunião do júri; 
10. Premiação e divulgação da seleção. 

Na etapa de avaliação multicritério, as startups são avaliadas em cinco dimensões, com notas que vão de 1 (pouco promissor) a 5 (muito promissor): 

• Grau de Inovação 
• Potencial de mercado 
• Negócio 
• Equipe 
• Maturidade da Solução 

Por exemplo, no critério Grau de Inovação, uma nota 1 representaria uma startup com pequena variação de soluções existentes, sem trazer vantagens significativas aos clientes, e/ou facilmente copiável. Na outra ponta, uma nota 5 representaria uma startup com produto e/ou modelo de negócios altamente inovadores e dificilmente copiáveis. 

No critério Equipe, uma nota 1 representaria um time com pouca ou nenhuma experiência relevante à ideia de negócio, além de ausência de diversidade em quaisquer quesitos entre os sócios. Na outra ponta, uma nota 5 representaria um time com experiência profissional prévia relacionada à ideia do negócio, e competências complementares de membros da equipe, além de diversidade presente na composição da estrutura de sócios. 

Após todas essas etapas, o principal critério para a seleção das 200 startups finalistas foi a maior nota final após as duas avaliações dos especialistas da EloGroup, considerando que, neste ano, num movimento com intuito de trazer ainda mais diversidade para a lista, foi garantido que metade das finalistas fossem startups com 50% ou mais dos sócios com características de diversidade — que se declaram pretos, pardos, amarelos ou indígenas; do sexo feminino; LGBTQIAP+; ou pessoa com deficiência. 

Ainda dentro do contexto de trazer mais diversidade para a lista, foi criada uma rede com 60 embaixadores, abrangendo todas as regiões do Brasil, mais lives focadas em diversidade e conversas com líderes regionais nos meses anteriores ao lançamento do STW 2023. 

Como resultado dessas ações, o número de startups com 50% ou mais dos sócios com alguma característica de diversidade saltou de 29% em 2022 para 44% em 2023, na lista das 100 

No recorte geográfico, houve um aumento de 150% de startups da região Norte entre as 200 finalistas, 30% do Nordeste, e 25% do Centro-Oeste. 

“Neste ano, é notável que quase 90% das startups selecionadas são estreantes na lista, refletindo a constante renovação do cenário”, diz Eduardo Maneira, Head de Inovação Aberta da EloGroup. “Registramos um aumento nas inscrições de todas as regiões do Brasil, o que fortalece ainda mais a representatividade do resultado. Além disso, é gratificante ver que o percentual de empresas com mais da metade dos sócios apresentando características de diversidade cresceu significativamente”, diz Maneira. 

A lista dos 10 setores mais representados entre as startups com inscrições validadas ajuda a dar visibilidade às áreas mais aquecidas dentro do ecossistema de empresas brasileiras de base tecnológica e com grande potencial de crescimento: 

• Tecnologia da informação  
• Saúde e bem-estar  
• Educação  
• Financeiro 
• Impacto social  
• Transporte e logística  
• Agronegócio  
• Recursos humanos  
• Meio ambiente  
• Varejo  

“Sabemos que este ano trouxe desafios, com recursos mais limitados para as startups. Observamos uma tendência das startups a terem equipes mais enxutas em comparação com 2022, mesmo com soluções altamente promissoras.”, diz Maneira. 

Para a EloGroup, ter acesso a uma base sólida de startups inovadoras nos ajuda a compreender melhor a dinâmica do ecossistema e, assim, trazer soluções de inovação mais assertivas, adequadas para as diferentes necessidades de cada cliente.  

“Dentro do contexto da inovação aberta, o que diferencia uma estratégia bem-sucedida de uma malsucedida é a capacidade de penetração e articulação dentro do ecossistema”, diz Maneira. “É fundamental encontrar startups que apresentem soluções que respondam a problemas específicos das organizações, e quando falamos na base que viemos criando ao longo desses anos com o projeto 100 Startups to Watch, temos um pool relevante de potenciais parceiros, com um selo de competência, que valida suas propostas e soluções.” 

Você acredita que a sua empresa pode se beneficiar do acesso a essa expertise dentro do ecossistema de inovação brasileiro, e se conectar com startups que estão trazendo soluções robustas e disruptivas dentro de diferentes verticais do mercado?