100 Startups to Watch: inovação e diversidade no ecossistema 

Por EloInsights 

  • Estão abertas as inscrições do 100 Startups to Watch, iniciativa que busca destacar anualmente as 100 empresas mais inovadoras do ecossistema de startups brasileiro, numa busca por apoiá-las em sua jornada, além de fomentar conexões. 
  • Um dos principais focos da lista hoje é promover a diversidade dentro do ecossistema empreendedor, incluindo esforços para garantir que pelo menos metade das startups finalistas tenham founders diversos. 
  • A EloGroup, uma das organizadoras da lista, vê a participação no projeto como uma maneira de se posicionar mais assertivamente no ecossistema, se conectar com os empreendedores mais talentosos, e promover a inovação. 

Foram abertas as inscrições para a 100 Startups to Watch, tradicional lista que já é marco do calendário do ecossistema empreendedor brasileiro, e que coloca holofotes sobre as 100 startups que mais se destacaram no ano. A lista, que já está em sua sexta edição, é fruto da colaboração entre Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios e as consultorias EloGroup e Innovc.  

Em edições passadas, o 100 Startups to Watch destacou startups que posteriormente receberam valuations bilionários, como foi o caso da Unico, especializada em identidade digital, que em 2022 recebeu aporte de US$ 100 milhões liderado pelo Goldman Sachs, alcançando valor de mercado estimado em US$ 2,6 bilhões naquele ano. 

Eduardo Maneira, head de inovação aberta da EloGroup, explica que o objetivo central do 100 Startups to Watch é traçar um mapa aprofundado do ecossistema de inovação brasileiro, destacando as startups mais promissoras e os empreendedores mais talentosos.

Além de oferecer uma visibilidade significativa para os selecionados, a lista também funciona como uma espécie de chancela que sinaliza o potencial dessas iniciativas para todos os players envolvidos no ecossistema, como investidores e líderes de inovação em grandes empresas. 
 
“A meta da lista não é apenas aumentar a compreensão do mercado de startups, mas também estabelecer conexões com os melhores empreendedores e apoiá-los em suas jornadas”, diz Maneira, que revela o desejo de transformar o programa em uma comunidade perene que proporcione trocas mais profundas entre os players.  

O processo de seleção é meticuloso e envolve diversas etapas. Inicialmente, são inscritas cerca de 2 mil empresas. Uma equipe de especialistas da EloGroup, chegando a contar com até 40 profissionais, realiza uma primeira filtragem.

Após essa avaliação inicial, restam 200 startups, que passam por uma segunda rodada de avaliações realizada por um júri formado por especialistas no ecossistema de inovação. Dessas 200, as 100 empresas mais inovadoras e promissoras são selecionadas para figurar na lista do 100 Startups to Watch, com divulgação prevista para outubro de 2023. 

“Estamos entrando em nossa sexta edição da lista e, neste ponto, o projeto atingiu uma maturidade significativa e é amplamente reconhecido no ecossistema”, diz Mariana Iwakura, editora-chefe de Pequenas Empresas & Grandes Negócios. “Tanto fundadores de startups quanto investidores e profissionais que lideram iniciativas de inovação em grandes empresas esperam pela lista. Além disso, aqueles que planejam entrar no mundo do empreendedorismo também acompanham o resultado para entender as tendências do setor.” 

“O ecossistema de inovação conhece a seriedade da lista e reconhece a independência e integridade dos envolvidos na produção”, diz Iwakura.

“Todos compreendem a importância de destacar as startups mais promissoras para o desenvolvimento do ecossistema. Temos um longo histórico e o impacto de ser selecionado é considerável. No passado, várias startups que estavam apenas começando e que foram destacadas na nossa lista receberam um selo de aprovação que foi crucial para atrair investidores. Essa chancela também as ajudou a acessar programas de aceleração e mentoria.” 

A importância da diversidade

Na edição de 2023, a diversidade entre os founders torna-se ainda mais importante na avaliação das startups. “Começamos esse trabalho há 3 anos e tivemos conversas extensas com especialistas em promoção de diversidade no ecossistema de inovação. No ano passado, demos um passo importante ao incluir perguntas sobre o perfil dos fundadores no questionário de inscrição”, diz Iwakura. “Isso nos ajudou a entender melhor quem eram os inscritos, permitindo uma análise mais profunda. A diversidade se tornou parte da avaliação, e os avaliadores levaram isso em consideração.” 

“Neste ano, queremos aumentar a representatividade de grupos diversos na lista, não apenas dando visibilidade a startups fora do Sudeste brasileiro, mas também com founders diversos no aspecto de raça e cor, gênero, e orientação sexual”, diz Maneira. Está sendo realizado um esforço de atração de inscritos com perfis mais diversos, por meio do diálogo com atores que sejam capazes de fortalecer essa conexão, além da busca ativa por essas empresas, que já era feita e se torna mais robusta. 

Em 2023, dentro da short list de 200 selecionados, metade deverá ser formada por startups com pelo menos 50% dos founders com algum marcador de diversidade. Também foram adicionadas ao questionário perguntas sobre iniciativas de diversidade de cada empresa. As informações serão apresentadas ao júri final, para que possam ser contempladas nos critérios de seleção.  

“Reconhecemos que não podemos transformar todo o ecossistema de uma só vez”, diz Iwakura. “O ecossistema, como se encontra em 2023, ainda não é muito diverso. No entanto, acreditamos firmemente que os passos que estamos dando com o 100 Startups to Watch a cada ano estão ajudando a valorizar os empreendedores que tradicionalmente têm menos acesso a capital e investidores. Estes empreendedores estão criando negócios que transformam a sociedade, geram empregos, resolvem problemas reais de clientes e atendem segmentos de mercado que normalmente são negligenciados.” 

O 100 Startups to Watch como alavanca da inovação aberta

Para a EloGroup, a importância de participar da organização da lista é múltipla. Ter acesso a uma base sólida de startups inovadoras nos ajuda a compreender melhor a dinâmica do ecossistema e, assim, nos permite trazer soluções para o mercado de forma mais assertiva na promoção da inovação. 

“Dentro do contexto da inovação aberta, o que diferencia uma estratégia bem-sucedida de uma mal-sucedida é a capacidade de penetração e articulação dentro do ecossistema”, diz Maneira. “É fundamental encontrar startups que apresentem soluções que respondam a problemas específicos das organizações, e quando falamos na base que viemos criando ao longo desses anos com o projeto 100 Startups to Watch, temos um pool relevante de potenciais parceiros, com um selo de competência, que valida suas propostas e soluções.” 

Enviar por email